sábado, 12 de setembro de 2009

Não Sei...




Dei um tempo à razão e a emoção
para que ambas caminhassem
de mãos dadas
e juntas pudessem resolver
minhas pendências.
Me abstraí de dores absolutas
e perguntei qual delas prevaleceria.
Não obtive resposta.

Tornaram-se tão amigas
que não conseguem decidir
qual das duas levará
o maior quinhão do meu eu abstrato.

Não tenho pressa,
ainda não sou a tempestade anunciada,
tão pouco a brisa prometida.

Sou, e sempre serei,
a dona do meu castelo.

Prisioneira de mim mesma,
caça e caçadora,
sentença e execução.

Nunca adivinhada
no teu coração,
Sempre refletida
no baço espelho
dos teus olhos...

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