sábado, 8 de agosto de 2009

Destilando prazer. Soneto.



Ao sorver o ultimo gole na taça

Aspirei o seu inebriante buquê.

Sem pudores apreciei a sua graça,

Minha boca embriagou-me de você.



Assim, o nosso amor sempre começa,

em sim, não e nem mesmo porquê,

Sorvo-te como uma quente cachaça,

Um ébrio em êxtase; fico a sua mercê.



Destilado, o nosso prazer adormece...

Repousa satisfeito o meu coração.

Junto a teu corpo que o meu aquece.



Acordo sóbrio quando amanhece.

Sorvido por uma extasiante paixão

Daquelas que só o coração reconhece.

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